quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Uma pergunta: o porquê do sucesso dos trabalhadores oriundos dos estados nordestinos no
setor de gastronomia em São Paulo ?

Conversando com pessoas do setor rapidamente algumas evidências surgem:  quem vem de fora
para São Paulo é antes de mais nada um migrante, alguém que chega para lutar e vencer.
Quando chega, quase sempre desqualificado, encontra no ambiente dos restaurantes um local
bem mais amenodo que trabalhar em obras de construção ou oficinas de costura clandestinas.
Estes são serviços bem mais duros.

Assim, começar lavando louças, limpando pisos ou cortando vegetais é visto como uma atividade
de menor desgaste.

Isso é exatamente ao contrário do pessoal nascido em São Paulo, as vezes formado ou cursando
faculdade do setor, que vem com mais ambição e fica impaciente fazendo tarefas menores.
Quase sempre assim passa por cima de etapas e tem atitude menos humilde e menos detalhista.

São muitos chefs e ajudantes de chefs nordestinos.
Todos eles muito queridos pelos profissionais de excelência.

Também é evidente o gosto por trabalhar na alimentação.
A abundância de ingredientes existente nos restaurantes é percebida por eles como uma
grande riqueza, já que em sua origem nem sempre as refeições eram bem guarnecidas.

Diante de alguns preconceitos tradicionais de alguns poucos em São Paulo, contra os
nordestinos, na gastronomia é totalmente o oposto.
Sendo migrante e chegando a São Paulo, são muito bem vindos na gastronomia e ainda
contribuem com aquela cultura intrínseca de suas origens de conhecer os ingredientes
brasileiríssimos da culinária do norte e nordeste.


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